[REGISTRO] Palestra de Setembro 2019

Palestra da Professora Helena

Na palestra do dia 09/09 foram abordadas questões relacionadas ao bloqueio em relação a escrita, uma dificuldade que se desenvolve no início do processo de alfabetização, quando o processo de alfabetização de inicia para a criança qualquer rabisco é uma forma de escrita, portanto, é importante olhar a escrita como um processo, e que qualquer forma de representação da escrita também é conteúdo, valorizar a produção da criança e atentar-se aos momentos de intervenção.

Discutimos também sobre o termo retextualização (reconto) que a partir de um texto base você produz outro, que pode ser da mesma modalidade fala/fala, fala/escrita, escrita/fala e escrita/escrita, mais resumido sem muitos detalhes, podendo escolher qual é o aspecto que você quer que a crianças explore (trabalhar a questão de progressão da história) o que ela consegue produzir em termos de escrita.

Não necessariamente precisa pedir para que a criança reconte, também para que ela continue a história. É um processo que contribui para entender a sequência da narrativa.  Ao trabalhar com a história deve-se pensar em qual habilidade você espera que o aluno desenvolva.

Diante de tudo o que se espera que a criança aprenda, antes de tudo é fundamental que identifiquemos quais as concepções de ensino que embasam o nosso trabalho, que norteiam a nossa metodologia. De acordo com Claudia de Lemos, não se deve conceber a escrita da criança como um vão cego pensar deve-se pensar nas habilidades que se quer promover antecipação, confirmação, verificação de hipótese.

A aprendizagem para a produção de texto é uma questão social cognitiva. Cognitiva porque deve explorar a memória a curto, a médio e a longo prazo (relembrando impondo desafios). Trabalhando também a questão da atenção visual e auditiva, onde a associação de uma história coma outra ajuda a criança criar repertório.

Ainda de acordo com Claudia de Lemos, no processo de aquisição da linguagem a criança primeiro vai reproduzir o que a mãe fala (repetição), depois ela reproduz com pequenas diferenças e por último a criança adquire uma linguagem autoral com uma característica dela própria.

Finalizando com as concepções de Sonia Bosco que ressalta a ideia de que o erro das crianças não podem ser compreendidos como erros, pois a linguagem oral e escrita que já são preexistentes apreendem (captura) as crianças que por sua vez dependem da mediação para poderem se desenvolver.